A Integração Sensorial é o “processo neurológico inconsciente que interpreta as sensações provenientes do nosso corpo e meio externo e as organiza para o uso no dia a dia” (Ayres J.”).
Este processo inclui os diferentes sistemas sensoriais, sendo os mais conhecidos: o tátil, auditivo, visual, gustativo e olfativo; e também, de grande relevância, o sistema vestibular (importante no equilíbrio, movimentos da cabeça e do corpo em relação ao centro de gravidade), propriocetivo (dá-nos a informação da posição do corpo) e interoceptivo (relacionado com os órgãos).
Quando há dificuldades significativas neste processo, podemos estar perante uma Disfunção de Integração Sensorial. Vejamos alguns exemplos de sinais que as crianças podem apresentar:
– Dificuldades em planear e executar novas atividades, sendo frequentemente visíveis com objetos em movimento, por exemplo, jogar futebol ou saltar à corda, com pobre consistência nas atividades de vida diária (Somatodispraxia)
– Parece descoordenado ao usar os dois lados do corpo ao mesmo tempo, como andar de bicicleta ou abrir uma garrafa (Disfunção de Integração Sequencial Bilateral Vestibular)
– Recusa a fazer puzzles e jogos de encaixe (Visuodispraxia)
– Demonstra um pequeno leque de brincadeiras, repetindo as mesmas (Dispraxia ideacional)
– Não tolera texturas e rejeita o toque, revelando dificuldades para cortar as unhas, cabelo ou lavar os dentes (Reatividade tátil)
– Vomita facilmente com o movimento (Intolerância ao movimento)
– Tem medo e recusa equipamentos suspensos no parque, como o baloiço, e anda sempre com muito cuidado (Insegurança gravitacional)
– Está constantemente em movimento, não para quieto (Hiporresposta Vestibular)
Os sinais, por si só, não indicam a presença de uma Disfunção da Integração Sensorial, mas é importante estar alerta. Marque já uma avaliação com um Terapeuta Ocupacional especializado na área para tirar as suas dúvidas.