As AVD’s são todas as atividades de vida diária, que tenham significado e valor para a pessoa e estão relacionadas com os autocuidados.
Atividades como comer, vestir-se, preparar a refeição, tomar banho, fazer a higiene e cuidados pessoais (fazer a barba, pentear-se, cuidar das unhas, escovar os dentes, aplicar desodorizante, cuidar das próteses), ir à casa de banho, deslocar-se de um lado para o outro, usar, limpar e manter objetos de cuidados pessoais (Ex: lentes de contacto, óculos, auxiliar auditivo, próteses, equipamentos adaptados), tratar da roupa, entre outras atividades comuns do dia-a-dia.
Existem também as atividades instrumentais da vida diária (AVDI’s) que são atividades de suporte da vida diária. Exigem competências mais complexas do que os autocuidados. Estas competências são geralmente aprendidas durante a adolescência e incluem: cuidar dos outros, cuidar dos animais de estimação, educar as crianças, comunicar com os outros (telemóvel, Smartphone, computador, quadro de comunicação, sistema de escrita em braille), movimentar-se na comunidade (conduzir, andar a pé, andar de bicicleta, utilizar transportes públicos, táxis), gerir o dinheiro, cuidar da saúde, organizar e gerir a casa, preparar as refeições e arrumar a cozinha, praticar uma religião e fazer as compras.
Juntas, as AVD’s e AVDI’s representam as capacidades que as pessoas precisam de ter
para viverem de forma independente, e por isso se a pessoa tiver alguma dificuldade nessaas dificuldades, a terapia ocupacional é o acompanhamento indicado para promover ou recuperar essas habilidades.
As capacidades para realizar as atividades da vida diária são necessários ao longo de toda a vida, por isso, a terapia ocupacional, também pode ser requerida em qualquer idade. Quer numa criança que precisa de aprender a brincar ou uma pessoa mais velha que necessita de adaptações nos talheres para melhorar a sua capacidade para comer com autonomia, ajustes na roupa ou na habitação para uma maior mobilidade ou uma pessoa que teve um AVC e necessita de recuperar as suas capacidades cognitivas de modo a realizar a sua vida com a maior autonomia e independência possíveis.