O vírus da imunodeficiência humana, conhecido pela sigla HIV ataca o sistema imunológico da pessoa, provocando múltiplas alterações no organismo, sendo capaz de gerar fragilidade e maior vulnerabilidade a adquirir outros tipos de infecções.
Sendo considerada uma infeção que não tem cura (crónica), há 3 estágios da Infecção pelo HIV:
Primeiro Estágio: Infeção aguda pelo HIV.
Segundo Estágio: Infecção crônica pelo HIV.
Terceiro Estágio: AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida).
A pessoa ao descobrir que possui o vírus do HIV, necessitará alterar seu estilo de vida, pois a infeção pode causar efeitos a longo prazo, afetando alguns órgãos do corpo, nomeadamente o sistema nervoso central, podendo vir alterar as funções cognitivas, como perda progressiva da memória e dificuldade na realização de tarefas mais complexas, o sistema cardiovascular – ou seja, pode acelerar o envelhecimento das artérias, provocando enfartes cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC), insuficiência renal, entre outros.
O diagnóstico da infeção pelo HIV tem impacto psicológico. Pacientes com doenças graves ou crónicas, como o HIV, desenvolvem comorbidades como a depressão e ansiedade, devido aos efeitos colaterais do tratamento, vulnerabilidade emocional, falta de autoestima, discriminação social e o próprio estigma da doença.
Muitos pacientes com HIV não conseguem aceitar sua condição e não reconhecem que precisam de acompanhamento clínico, farmacológico e psicológico. E, portanto, quando não aceita o diagnóstico da infeção reage ao problema com pessimismo, tristeza, desinteresse, desânimo, sentimento de culpa e desvalorização. Isso favorece o desenvolvimento de quadros depressivos. Desta forma, a depressão é considerada um agravador para a infeção.
Neste caso, o acompanhamento psicológico é de extrema relevância, pois o psicólogo vai ajudar o paciente a lidar com o processo de aceitação da infeção de forma mais responsável e otimista, ajudar a lidar com o seu próprio preconceito e com o preconceito social e intervirá junto ao paciente, de forma a promover a sua qualidade de vida, através de estratégias que melhorem a sua condição de vida no seu contexto individual e atual.
Daiana Menezes
Psicóloga da Saúde