Vivemos na era digital, onde a internet e a tecnologia permite conectar pessoas, encurta distâncias, revoluciona sistemas e transforma vidas.
A pandemia da COVID19 criou as condições para a afirmação da Internet como espaço de trabalho, aprendizagem, comunicação, informação e lazer. A internet representa uma extensão do papel social e dos interesses do mundo offline, uma segunda vida, inseparável, cada vez mais interligada com a sociedade.
Na ausência de regras por forma a limitar o tempo passado online, notou-se um significativo aumento dos padrões de utilização da Internet, que se traduziu mais tarde, no desenvolvimento de dependências online.
Mas afinal em que consiste uma dependência online (DO)?
As dependências online podem ser em diferentes áreas (e.g., jogo, redes sociais, compras, pornografia, multimédia, etc), e o utilizador da internet é considerado dependente daquilo que visualiza, pesquisa ou usa online, se reunir os seguintes critérios:
Saliência: atividade torna-se predominante na vida do indivíduo.
Mudança de humor: A atividade altera os estados de humor (pode servir para tranquilizar ou para excitar)
Tolerância: Necessidade de aumentar o tempo passado online para obter satisfação.
Privação ou sintomas de abstinência: Sensações desagradáveis (físicas ou psicológicas) em caso de privação do uso da internet.
Conflito: Dificuldades interpessoais com o circulo próximo (parceiro, amigos ou família)
Recaída: Ocorre após períodos de relativo controlo
Mais do que nunca, torna-se imperativo uma intervenção personalizada e contextualizada. Compreender o impacto negativo e os riscos associados aos comportamentos online são uma área de intervenção inerente aos tempos que correm.
Para que a mesma aconteça de forma satisfatória é necessário desmistificar a utilização da internet e entender que os indivíduos não são dependentes da internet, mas sim do que fazem online.