O ser humano nasce capaz de sentir 6 emoções básicas das quais derivam todas as demais emoções que conhecemos. São elas: amor, alegria, raiva, medo, nojo e tristeza.
Com todas as luzes voltadas para o AMOR esta é a emoção de que se trata este artigo.
O amor, assim como as outras emoções têm uma função evolutiva importante. Ele funciona como uma cola para nos manter em sociedade. Dele derivam a paixão, o gostar, a compaixão, a empatia e muitas outras que vamos acumulando na nossa mala de emoções ao longo das nossas experiências.
De volta ao amor a sua função evolutiva de nos manter em sociedade tem outra função vital que é o cuidado com o bebé humano, totalmente dependente. Os cuidados com o bebé humano são exaustivos e se não fosse o amor e a inundação de ocitocina no nosso cérebro, esse bebé morreria. Mas sim, os pais/cuidadores deste bebé podem apresentar graves problemas psicológicos a ponto de não terem esta cola na relação.
De forma menos grave existe o desequilíbrio desta emoção. O amor quando desregulado para mais engessa a pessoa que recebe o amor, como o objetivo aqui é falar da relação pais e filhos, o amor em excesso impossibilita o crescimento, o acesso a novas experiências, prejudica a autonomia e a independência da criança.
Quando o amor está desregulado para menos temos um “amor” negligente. Amor que não cuida, não apresenta limites, não guia, não orienta o caminho. O resultado é uma criança sem referências, sem limites, confusa que possivelmente apresentará comportamentos antissociais, lembrando que a negligência é um fator de risco para o desenvolvimento de problemas psicológicos e de conduta na infância e adolescência.
Priscilla da Matta
Psicóloga especialista em Aconselhamento Parental