O seu bebé tem cólicas com frequência?
Embora sejam uma situação comum e transitória, pela dor e desconforto que provocam ao bebé, exigem uma atenção especial.
Se pretende diminuir as cólicas e promover o bem-estar do seu bebé, consulte um osteopata pediátrico!
As cólicas do lactente são uma das queixas mais comuns dos pais, e apesar de serem muito frequentes entre lactentes, não deixam de ser dolorosas para o bebé e causar muita ansiedade e desespero nos pais.
O termo cólica refere-se a uma dor aguda dolorosa e espasmódica intestinal. As causas ainda não estão bem esclarecidas, admitindo-se que poderá estar ligado à imaturidade do intestino, sistema nervoso central e hormonal ou excesso de ar engolido durante as mamadas. Pode também estar ligado com a alimentação do bebé e ou da mãe.
A cólica do lactente caracteriza-se por um choro súbito, inexplicável e inconsolável que não responde às medidas habituais de conforto, como o colo, a mama, a chucha, ou o embalar. O choro é forte, agudo, estridente, e cada vez mais forte. O lactente enrijece os membros, arqueia as costas, fica vermelho, vira a cabeça para os lados, cerra as mãos, flete as coxas sobre a barriga. Por vezes, movimenta as pernas tipo “bicicleta” contrai a barriga, que fica dura e, com frequência, pode ocorrer a eliminação de gases, que até parece trazer um alívio temporário. Com breves pausas, o choro pode prolongar-se por horas. O choro é inconsolável, o que traz aos pais o sentimento de frustração e impotência.
Em clínica, os critérios pouco avançaram nos últimos anos, ficando com os critérios publicados por Wessel há quase meio século, conhecidos como a “regra dos 3”:
- Duram pelo menos 3 horas
- Ocorrem pelo menos 3 vezes por semana
- Durante, pelo menos, 3 semanas seguidas
- Desaparecem aos 3 meses de vida
Acresce a curiosidade, pelo facto de ser um choro com “hora certa”, isto é, as cólicas ocorrem num horário determinado, geralmente no fim da tarde/ noite (19-23horas).
A osteopatia pediátrica pode ter um papel importante na otimização da função intestinal. Através de uma avaliação completa e global do bebé, irá determinar regiões de tensão alterada que possam estar a contribuir para o desconforto. Utilizando técnicas suaves e indolores, avalia o crânio, e a sua relação com o sistema nervoso, o sistema digestivo, tórax e o diafragma e tensões viscerais.
Na consulta podem ser dadas algumas indicações para alivio, como o colo de barriga para baixo, o contato da mão quente na barriga, a alimentação da mãe, o leite adaptado ou alguns exercícios.
Raquel Almeida
Osteopata, Especializada em Osteopatia Pediátrica